Quando seu achismo supera tua própria realidade, aí sim é hora de começar a se preocupar.
Achei que surpresas tomariam conta do meu fim de semana, achei que você faria o que minha mente gostaria.
Fui vítima do achismo mais uma vez. Acho que preciso de beijos teus pra me curar dessa maldita doença cardio-psicológica.
Fomos vítimas, ainda, de acontecimentos que causaram certa decepção das duas partes.
Essa decepção não colocou meus pés no chão como deveria. Por isso, uma pequena palavra me fez voar mais alto do que nunca: “Surpresa”. Achei mesmo que nossos olhares vulcânicos se encontrariam novamente em uma grande erupção de amor, mas não. Só achei.
Onde está minha racionalidade? Pense! Vamos, saia desse teu mundo imaginário onde tudo é Picasso, tudo é Monet, tudo é Mozart, Vivaldi, colorido, feliz... Onde tudo é ela.
Onde está minha maturidade? Pense! Vamos, retire de seus supostos racionais pensamentos alguma atitude útil, que lhe permita voar para a imensidão dos amores tão bem quanto você consiga rastejar pelo Universo das mentes geniais.
Funções fáticas e monologas vão apenas diluir isso de você. Seus pensamentos valem ouro, Alter-Ego. Ouro!
Eu te iludi, Alter-Ego. Eu te estudei. Procurei cada brecha dos seus sonhos e preenchi-as com ilusão. Nada sério, na verdade, apenas algo melancolicamente babaca para se chegar a acreditar que ilusões teriam um pouquinho de realidade. Caso contrário, não se chamariam ilusões, não?
Me use agora, faça de mim o que quiser, mas me traga de volta à realidade. Me traga de volta à ela.
23/06/11
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